Roteirista de Clair Obscur revela que nunca havia jogado algo antes de escrever o jogo

Roteirista de Clair Obscur revela que nunca havia jogado algo antes de escrever o jogo

Você já imaginou como seria criar um jogo sem nunca ter jogado um antes? Essa é a história fascinante de Jennifer Svedberg-Yen, a roteirista principal de Clair Obscur: Expedition 33. Em uma recente entrevista, ela compartilhou sua jornada única e como se tornou uma jogadora dedicada durante o desenvolvimento deste aclamado JRPG francês. Vamos explorar essa trajetória e entender como a paixão pela narrativa pode surgir de lugares inesperados.

Uma Infância Sem Videogames

Jennifer cresceu em uma família chinesa com regras rigorosas. Para ela, os videogames eram considerados um luxo inacessível. “Durante minha infância, os jogos eram simplesmente caros demais para nós. Eu costumava ir à biblioteca e mergulhar nos livros”, revelou. Essa relação com a literatura moldou sua criatividade e a preparou para o mundo das narrativas.

Enquanto muitas crianças da sua idade passavam horas jogando, Jennifer encontrava refúgio nas páginas dos livros. Essa paixão pela leitura a ajudou a desenvolver uma imaginação fértil, que mais tarde se tornaria uma ferramenta valiosa em sua carreira como roteirista.

O Primeiro Contato com Videogames

Antes de se juntar à equipe da Sandfall Interactive, o contato de Jennifer com narrativas interativas era limitado. Seu único envolvimento com jogos era através de sessões de RPG de mesa, como Dungeons & Dragons. Essa experiência, embora diferente, lhe proporcionou uma base sólida em construção de mundos e desenvolvimento de personagens.

Quando ela começou a trabalhar no estúdio, decidiu que precisava entender melhor o meio. Assim, começou sua pesquisa de campo jogando ao lado do marido. Sua primeira experiência foi com a franquia Borderlands, que se tornou uma porta de entrada para um novo mundo. “Hoje temos duas TVs e dois PlayStation em casa. Nos sentamos lado a lado para jogar”, contou.

Uma Jogadora Dedicada

O que começou como uma necessidade de pesquisa rapidamente se transformou em uma paixão. Jennifer se tornou uma jogadora dedicada, conquistando troféus de platina em títulos desafiadores como Elden Ring e God of War. Essa transformação não apenas a ajudou a entender melhor o que faz um jogo ser envolvente, mas também a inspirou a criar narrativas mais ricas e complexas.

Essa mudança de perspectiva é um testemunho do poder dos videogames. Eles não são apenas uma forma de entretenimento, mas também uma maneira de contar histórias e explorar emoções. Jennifer agora se vê como parte de uma comunidade vibrante de jogadores, algo que ela nunca imaginou quando era mais jovem.

Influências Literárias na Criação de Clair Obscur

O desenvolvimento narrativo de Clair Obscur: Expedition 33 foi uma colaboração entre Jennifer e Guillaume Broche, o diretor do jogo. Enquanto Guillaume trazia sua experiência no gênero JRPG, Jennifer trouxe referências da literatura fantástica e ficção científica. Ela citou como influências fundamentais a saga A Roda do Tempo de Robert Jordan e os intrincados sistemas mágicos presentes nas obras de Brandon Sanderson.

Essas referências culturais ajudaram a moldar o universo rico e a narrativa envolvente do jogo. A combinação de diferentes formas de arte, como literatura e videogames, demonstra como a criatividade pode fluir de várias fontes. Mesmo que um roteirista comece sua jornada fora do meio, isso não significa que não possa criar experiências únicas e memoráveis.

A Importância da Diversidade de Experiências

A história de Jennifer é um lembrete poderoso de que a diversidade de experiências é fundamental na indústria dos jogos. Ter pessoas de diferentes origens e com diferentes perspectivas pode enriquecer a narrativa e a jogabilidade. A experiência dela mostra que não é necessário ter um histórico extenso em jogos para contribuir de maneira significativa.

Além disso, a jornada de Jennifer destaca a importância de estar aberto a novas experiências. Ao se permitir explorar o mundo dos videogames, ela não apenas se tornou uma jogadora, mas também uma criadora mais completa. Essa abertura para aprender e crescer é algo que todos nós podemos aplicar em nossas vidas, independentemente da área em que atuamos.

O Impacto de Clair Obscur no Cenário dos Videogames

Clair Obscur: Expedition 33 rapidamente se tornou um sucesso, vendendo mais de 4,4 milhões de unidades desde seu lançamento. O jogo foi aclamado não apenas por sua jogabilidade, mas também por sua narrativa envolvente e personagens bem desenvolvidos. A contribuição de Jennifer e sua equipe foi fundamental para alcançar esse sucesso.

O jogo não apenas atraiu jogadores experientes, mas também novos jogadores que se sentiram atraídos pela história e pela profundidade dos personagens. Isso demonstra que, quando a narrativa é bem construída, ela pode ressoar com uma ampla gama de públicos.

Reflexões Finais

A jornada de Jennifer Svedberg-Yen é uma prova de que a paixão e a criatividade podem surgir de lugares inesperados. Sua história nos ensina que, independentemente de nossas experiências passadas, sempre há espaço para aprender e crescer. Ao se aventurar no mundo dos videogames, ela não apenas se tornou uma jogadora, mas também uma roteirista que trouxe uma nova perspectiva para a indústria.

Se você é um aspirante a roteirista ou apenas um amante de jogos, a história de Jennifer é inspiradora. Ela nos lembra que a criatividade não tem limites e que sempre podemos encontrar novas maneiras de contar histórias. Afinal, cada um de nós tem uma história única para compartilhar, e os videogames são uma plataforma poderosa para fazê-lo.

Para mais informações sobre a trajetória de Jennifer e o desenvolvimento de Clair Obscur: Expedition 33, você pode conferir a fonte original aqui.

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